Os caminhões americanos fazem parte da cultura estradeira e nos anos 1980 vários ícones foram lançados naquele mercado e alguns deixam saudades até hoje
Os anos 1980 foram divisores de águas para o transporte norte-americano. Naquela década, os caminhões passaram por importantes mudanças nos seus desenhos. As cabines foram ficando cada vez mais espaçosas e equipadas. Assim privilegiando o conforto para o motorista e aprimorando o transporte rodoviário.
Foi também nessa década, que os pesadões Kenworth W900, Peterbilt 359 e Mack R Series se popularizaram. Elevando as marcas e as posicionando como donas dos melhores caminhões americanos já produzidos naquela período. Veja nesta reportagem os modelos que foram os mais populares e que até hoje deixam saudades.
Kenworth W900A
A Kenworth é uma das marcas mais icônicas dos Estados Unidos. E um dos caminhões mais queridos da marca é o W900A. Todavia, vale lembrar que a gama foi lançada em 1961. Chegando ao ápice do seu sucesso em 1972, quando o caminhão protagonizou o filme “Agarra-me se Puderes”.
Mas em 1980, a nova geração W900A chega ao mercado norte-americano com um motor desenvolvido pela DAF. O PACCAR MX-13 com cilindrada de 12,9 litros e 500 cv de potência e 189 mkgf de torque. Um propulsor valente para os padrões da época nos Estados Unidos.
Seja como for, esse motor combinava à transmissão manual não sincronizada de 13 velocidades. Ou seja, a famosa caixa seca.
Outros atributos que chamavam a atenção do transportador americano eram as buzinas de ar e os tanques duplos de combustível. Mas a boa fama também aconteceu por causa do conforto. Os eixos traseiros duplos eram do tipo tandem e com suspensão traseira ajustável a ar.
Por esse conjunto técnico, o caminhão ganhou a confiança do operador. E até hoje há quem diga que esse modelo estava sempre disponível, porque era de difícil quebra.
Além disso, sua imponente frente de alumínio rendeu ao modelo atributo de caminhão Premium. Do mesmo modo, colabora com isso, a cabine proeminente, desenvolvida para oferecer conforto ao motorista.
Peterbilt 379
Se um caminhão faz parte da cultura pop americana, este sem dúvida é o Peterbilt 379. Apesar da vida curta, sendo produzido de 1987 a 2007, o modelo podia ser encomendado em diferentes configurações. Ou seja, com opções de configurações de eixos, distância entre os eixos e capacidades.
O motor Caterpillar 3408 era seu maior predicado. Afinal, era o único que cabia sob o seu longo capô. As grandes aberturas de ventilação, bem como a grade proeminente davam a ele uma aparência única e bastante imponente.
Além disso, o habitáculo de alumínio prolongou a vida útil da unidade. E o tornou mais leve. Por isso, o modelo tinha fama de econômico.
Graças ao seu grande raio de giro, devido à caixa de direção e ao comprimento do eixo de direção, o Peterbilt 379 levava a fama de ágil. Como resultado, o caminhão ganhou um sólido valor de revenda.
Assim como o seu primo Kenworth, o Peterbilt 379 também foi estrela de cinema, com o filme Black Dog – Estrada Alucinante. Sucesso estrelado por Patrick Swayze.
Mack Série R
A Série Mack R (também conhecida como Mack Modelo R) é uma série de caminhões fabricados pela Mack Trucks de 1966 a 2005. O Mack R é o caminhão comercial com uma das maiores vida longa em produção. Ou seja, perde apenas para o Kenworth W900.
A série R foi inicialmente equipada com motores a gasolina Thermodyne Maxidyne. Porém, ainda no final dos anos 1960, a marca passou a equipar o caminhão com motor diesel, nas opções de seis e oito cilindros.
Caminhão da marca do Bulldog tinha opções de motores a gasolina e diesel – Fotos: MACK
Seja como for, os caminhões da Série S eram comumente usados como veículos de entrega local, bem como no uso vocacional com as versões 2200, 2500 e 2600, as mais famosas. Todavia, o modelo também recebeu carroceria de ônibus escolares.
A série S foi projetada com uma cabine específica para o modelo. Por causa da sua versatilidade em razão do chassi, com tamanho mais estreito, a International conseguiu colocar o modelo em várias aplicações.
Dessa forma, a gama esteve presente no mercado até 1987, praticamente inalterada. Depois desse período, o design foi mudando e a linha foi crescendo até para marcar a transição corporativa da empresa de International Harvester para Navistar International.