Projeto de Sustentabilidade: "Rota Verde Humanitária" - Movimento Rodoviário Humanitário (MRH)
Local: Mato Grosso do Sul e Pantanal
Endereço Base: Rua Açai, 270 – Jardim Itamaracá, Campo Grande, MS
Contatos: Bellinati (67 9 9981 9804) e Irani (67 9 9981 9804)
1. Introdução ao Projeto
O projeto "Rota Verde Humanitária", desenvolvido pelo Movimento Rodoviário Humanitário (MRH), tem como objetivo promover práticas sustentáveis para caminhoneiros, motoristas e viajantes nas rodovias do Mato Grosso do Sul (MS) e Pantanal, com foco na preservação ambiental, apoio humanitário e desenvolvimento local. Alinhado à missão do MRH de apoiar a comunidade rodoviária, o projeto integra ações de sustentabilidade nas rodovias BR-262, BR-163 e BR-267, que conectam Campo Grande a Corumbá, São Paulo e servem como corredores de escoamento de grãos.
2. Objetivos
• Preservação Ambiental: Reduzir o impacto ambiental do transporte rodoviário no Pantanal, um dos biomas mais sensíveis do planeta.
• Apoio Humanitário: Oferecer suporte a caminhoneiros e viajantes com pontos de parada sustentáveis que promovam bem-estar.
• Educação e Conscientização: Incentivar práticas sustentáveis entre motoristas e comunidades locais, com foco na biodiversidade do Pantanal.
• Desenvolvimento Local: Gerar benefícios econômicos e sociais para comunidades ao longo das rodovias.
3. Estrutura do Projeto
O projeto será implementado por meio de pontos de apoio sustentáveis gerenciados pelo MRH, chamados "Postos Rota Verde", localizados estrategicamente nas rodovias BR-262 (próximo a Miranda), BR-163 (próximo a Campo Grande) e BR-267 (próximo a Jardim). Esses postos servirão como centros de apoio humanitário e sustentabilidade.
3.1 Preservação da Biodiversidade do Pantanal
• Educação Ambiental Local:
o Nos postos, instalar placas informativas e exibir vídeos curtos (via tablets ou TVs) sobre a fauna e flora do Pantanal, como a onça-pintada e o tuiuiú. As mensagens destacarão práticas para evitar impactos, como não jogar lixo nas estradas, que pode atrair animais, causar acidentes ou poluir rios.
o Criar um mascote do projeto, como o "Tuiuiú Verde", para engajar caminhoneiros e turistas de forma lúdica.
• Monitoramento de Atropelamentos:
o Parceria com o Instituto SOS Pantanal para instalar câmeras e sensores em trechos críticos das rodovias (ex.: BR-262 entre Miranda e Corumbá), monitorando atropelamentos de animais. Dados serão usados para criar alertas em um app desenvolvido pelo MRH, o "App Rota Verde Humanitária", avisando motoristas sobre áreas de alta circulação de fauna.
o Exemplo: Se um sensor detectar movimento de capivaras, o app envia um alerta: "Atenção: trecho com capivaras a 2 km. Reduza a velocidade."
• Pontos de Observação:
o Criar áreas de observação de aves nos postos, com binóculos e placas informativas sobre espécies locais (ex.: arara-azul, garça-branca). Isso promove o turismo sustentável e conscientiza sobre a importância do Pantanal como hotspot de birdwatching.
3.2 Gestão de Resíduos Adaptada à Realidade Local
• Coleta de Resíduos Agrícolas:
o Instalar pontos de descarte para embalagens de agrotóxicos e fertilizantes, comuns no transporte de grãos (soja, milho) na BR-163. Parceria com o Sistema Campo Limpo para reciclar esses materiais, evitando descarte irregular em áreas sensíveis como o Pantanal.
• Compostagem de Resíduos Orgânicos:
o Criar sistemas de compostagem nos postos para resíduos de restaurantes, que são muito frequentados por caminhoneiros. O composto será doado a pequenos agricultores da região (ex.: comunidades em Miranda) ou usado em hortas comunitárias nos postos, cultivando alimentos como mandioca e ervas pantaneiras (ex.: guaco).
• Prevenção de Poluição no Pantanal:
o Disponibilizar tanques de contenção para descarte de óleo diesel e lubrificantes, evitando que sejam despejados em rios ou áreas úmidas do Pantanal. Parcerias com empresas de reciclagem de óleo, como a Lwart Soluções Ambientais, para dar destinação correta aos resíduos.
3.3 Outras Ações de Sustentabilidade
• Energia Renovável:
o Instalar painéis solares nos postos para gerar energia para iluminação, carregamento de dispositivos e bombas de água. O MS tem alta incidência solar (média de 5,5 kWh/m²/dia), tornando a energia solar viável.
• Captação de Água:
o Implementar cisternas para captar água da chuva durante a cheia (novembro a março) e usá-la na seca (abril a outubro) para banheiros, lavagem de veículos e irrigação de hortas. Filtros ecológicos tratarão água cinza (de pias) para reuso.
• Áreas Verdes:
o Plantar árvores nativas, como ipês e aroeiras, ao redor dos postos para criar sombra e capturar CO₂, ajudando a mitigar as emissões dos caminhões (o transporte no MS emitiu 5,2 milhões de toneladas de CO₂ em 2022, segundo o SEEG).
3.4 Apoio Humanitário e Bem-Estar
• Espaços de Descanso:
o Criar áreas sombreadas com redes (típicas da cultura pantaneira) para descanso, incentivando pausas seguras e reduzindo acidentes por fadiga, comuns em trechos longos como a BR-163.
• Saúde e Alimentação:
o Oferecer alimentos frescos das hortas comunitárias dos postos, como saladas e sucos de frutas regionais (ex.: bocaiuva), promovendo uma alimentação saudável para caminhoneiros.
o Disponibilizar kits de primeiros socorros e parcerias com unidades de saúde próximas para atendimentos emergenciais.
• Apoio Psicológico:
o Criar um canal no app "Rota Verde Humanitária" com dicas de bem-estar mental e contatos de apoio psicológico, reconhecendo o estresse da profissão de caminhoneiro.
4. Tecnologia: App "Rota Verde Humanitária"
• Funcionalidades:
o Mapa com localização dos Postos Rota Verde e serviços disponíveis (ex.: banheiros, hortas, pontos de descarte).
o Alertas sobre trechos com alta circulação de fauna, cheias ou riscos de incêndio, integrando dados do INMET e do Instituto SOS Pantanal.
o Calculadora de emissões: motoristas inserem a distância percorrida e o consumo de diesel para estimar sua pegada de carbono, com dicas para reduzi-la (ex.: direção econômica).
o Dicas de sustentabilidade: vídeos curtos e guias sobre como descartar resíduos, economizar combustível e proteger o Pantanal.
• Acessibilidade: O app será simples, com interface intuitiva, e funcionará offline, considerando a baixa conectividade em áreas remotas do Pantanal.
5. Implementação
• Fase Piloto:
o Iniciar com um posto na BR-163, próximo a Campo Grande (a 20 km da sede do MRH), e outro na BR-262, em Miranda, devido à proximidade com o Pantanal.
o Duração: 12 meses para avaliar impactos e ajustar o modelo.
• Parcerias:
o Instituto SOS Pantanal: Monitoramento de fauna e educação ambiental.
o Sistema Campo Limpo: Reciclagem de embalagens agrícolas.
o Embrapa Pantanal: Orientação para hortas comunitárias e uso sustentável de recursos.
o Governo do MS: Apoio logístico e incentivos fiscais para os postos.
• Orçamento Inicial:
o Painéis solares e cisternas: R$ 50.000 por posto.
o Câmeras e sensores para fauna: R$ 20.000 por rodovia.
o Infraestrutura básica (placas, áreas de descanso, hortas): R$ 30.000 por posto.
o Total estimado para 2 postos: R$ 150.000 (buscar financiamento via editais de sustentabilidade, como o do BNDES).
6. Impacto Esperado
• Ambiental: Redução de poluição no Pantanal, com descarte adequado de resíduos e menor emissão de CO₂ (meta: reduzir 5% das emissões locais do transporte nos trechos atendidos).
• Social: Melhoria da qualidade de vida de caminhoneiros com espaços de apoio humanitário e conscientização ambiental para 500 motoristas no primeiro ano.
• Econômico: Geração de renda para comunidades locais por meio de hortas e venda de produtos regionais nos postos (meta: beneficiar 50 famílias no primeiro ano).
7. Divulgação
• Lançamento: Evento na sede do MRH em Campo Grande, com caminhoneiros, imprensa local e representantes do governo.
• Canais: Divulgação em feiras como a Expogrande, redes sociais do MRH e associações de caminhoneiros.
• Engajamento: Oferecer brindes sustentáveis (ex.: ecobags com o logo do "Tuiuiú Verde") para os primeiros usuários dos postos.
8. Contato para Apoio
• Movimento Rodoviário Humanitário (MRH)
• Endereço: Rua Açai, 270 – Jardim Itamaracá, Campo Grande, MS
• Telefones: Bellinati (67 9 9981 9804) e Irani (67 9 9981 9804)
O projeto "Rota Verde Humanitária" une a missão humanitária do MRH com a necessidade de proteger o Pantanal, criando um modelo sustentável que pode ser replicado em outras regiões do Brasil.